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Assista A Introdução

sábado, 11 de dezembro de 2010

A FLOR



Ouvi dizer
Do o teu olhar ao ver a flor
Não sei por que
Achou ser de um outro rapaz
Foi capaz de se entregar
Eu fiz de tudo pra ganhar você pra mim
Mas mesmo assim...

Minha flor serviu pra que você
Achasse alguém
Um outro alguém que me tomou o seu amor
E eu fiz de tudo pra você perceber
Que era eu...

Tua flor me deu alguém pra amar
E quanto a mim?
Você assim e eu, por final sem meu lugar
E eu tive tudo sem saber quem era eu...
Eu que nunca amei a ninguém
Pude, então, enfim, amar...vai!

LOS HERMANOS

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

MANCHESTER





Sei
É adeus esta noite...

E o amor disse adeus
Em uma noite a luz de velas
Em Manchester velha Queen Inglaterra

Quando o sol reapareceu
Os prismas nos cegavam
Nossos corpos deitados na grama
Ainda podiam sentir o orvalho da madrugada

Sentirei saudades da fumaça das fabricas
De nossas longas caminhadas
Pois as pegadas na areia da praça já foram apagadas
Pelas pegadas dos jovens que ainda desejam amar.


ANDERSONSC






domingo, 10 de outubro de 2010

SECRET FILES WITHOUT SECRETS




Tão vazias paginas multicoloridas
Tão cheios comentários de fantasia
Fundo branco preenchido com verdades e mentiras
Versos, prosas e rimas


De seu caderno diário noturno
Resgata sonhos, tristeza e alegrias
De seu poço escondido entre as flores do jardim
Puxa o balde com agua límpida
Mas trás junto micro organismo nocivos a vida


Nos rascunho esboço de sua vida
Não só seu mas também de velhas companhias
Por de trás do rotulo uma bula que dizia:
Não vos deixeis enganar
Más companhias Corrompem bons costumes

Todo livro deseja ser lido
Todo poema deseja ser recitado
Todo surdo deseja ouvir
Mesmo que de si coisas ruins seja exteriorizadas
Por boca metálicas ou sequer sem dentes

A palavra pode ser uma serpente
A palavra pode ser o veneno que mata
Mas é do próprio veneno que se retira o antídoto
Resposta vinda de seu velho e já desgastado
Caderno de enquetes dos anos oitenta

Mas existem respostas
Respostas que nunca serão dadas


Lá vem eles novamente com suas
Boas porem nunca concreta teorias


As vezes sinto que é isto que nos enforca
Os nós desta corda nos.


OBS: ” Não vos deixeis enganar:
Más companhias corrompem bons costumes. “
1 Cor. 15,33
ANDERSONSC

sábado, 2 de outubro de 2010

O NYLON



você não ve fogo
Mas avista fumaça
Você não sente o calor
Então isto não lhe basta


Entre o manipulador e o manipulado
Existe um certo espaço
Cordas de nylon fazem esta ligação
Finas e quase transparentes
Que podem ligar cérebro a coração


Tantas filosofias entre tantas teorias
Teoria das cordas
Teoria do caos
Teoria das conspirações


O que é que explica?
O que é que da explicações?


ANDERSONSC

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

FORA DO AR


Cansado do que criei
Pedi um tempo para mim
Apenas para refletir
E entender se é vaidade
Se necessito mesmo de ti

ANDERSONSC

sábado, 7 de agosto de 2010

OUÇA NO VOLUME MAXIMO


Ela trás sempre uma flor no cabelo

E recita poesias o dia inteiro

Tenta me explicar coisa que não entendo

Canta musicas de Dylan enquanto se olha frente ao espelho



Eu ate fiz uma canção para você

Eu desejava tanto por inteiro

Aquilo que só sabia pelo meio

Enquanto posta a mesa mel e pão com centeio



Suas idéia a respeito da Guerra

Metralhadoras campos de concentração...

Eu não te entendo, mas admiro e tenho respeito

Tanto que te desejei como a brisa traga pelo vento

Naquelas tardes que o sol brilha laranja quase vermelho



Em nosso apartamento ouvíamos no volume Maximo

Tantos sons undergroud quantos pop star World

E na hora de dormir Belle And Sebastian para mim

Você preferia The smitts, Joy Division, Echo The Bunnymen e The Cure



Lembra daquele fim de tarde frio em São Paulo

Em que assistimos Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças

Você me sorriu quando chorei ao final do filme

Mais também pude te ver chorar assistindo La Vita e Bella com Roberto Benigni



Tudo parecia tão perfeito

Mais neste mundo de carne e osso

O que é perfeito é ilusório

As horas que correm em relógio sem ponteiro.


ANDERSONSC

sexta-feira, 30 de julho de 2010

SEMÁFORO


Quando fechou-se o sinal e seu olhar me tocou
Pude sentir afinal que o amor retornou
O seu perfume senti mesmo distante de ti
Mais se abriu o sinal tive que lhe perseguir

Você sentiu minha presença como eu lhe senti
E no próximo sinal o seu olhar me sorriu
Estrategicamenete arrumou o retrovisor
Com todo charme o brilho nos lábios lançou

Em mais um breve olhar você me enfeitiçou
Ah! Que maldito sinal que veio a se abrir
Você cantou os pneus fez eu novamente te perseguir
Você apertou o pedal pude te ver a sorrir
Você queria saber ate onde eu poderia ir

Você furou um sinal
Eu a te perseguir
Uma imprudência total
Acho que o amor é bem assim


Você parou afinal
Freou bruscamente
Deu macha à ré e veio ate minha lateral
Dizendo ao meu ouvido:
Te vejo mais a frente
Na Route 66



ANDERSONSC








quinta-feira, 29 de julho de 2010

MINEDEVANEIO 9


Não queira fertilizar meu deserto
Não venha querendo ser meu Nilo
Tudo o que você toca apodrece
Cumpra seu destino
Corra com suas aguas fétidas
Para
Fora do meu caminho.

ANDERSONSC

sexta-feira, 23 de julho de 2010

MINEDEVANEIO 8




O dia em que nos envolvemos
Presenciamos dois acidentes
Já estava na cara que nosso envolvimento
Seria uma tremenda gelada
Um copo dois dedos de vodka
E do fundo ate a borda cubos quadrados de gelo.



ANDERSONSC

domingo, 4 de julho de 2010

A Pequena Alma e o Sol


Era uma vez, em tempo nenhum, uma
Pequena Alma que disse a Deus:
— Eu sei quem sou!

E Deus disse:
— Que bom! Quem és tu?

E a Pequena Alma gritou:
— Eu sou Luz

E Deus sorriu.
— É isso mesmo! — exclamou Deus. — Tu
és Luz!

A Pequena Alma ficou muito contente,
porque tinha descoberto aquilo que todas as
almas do Reino deveriam descobrir.

— Uauu, isto é mesmo bom! — disse a
Pequena Alma.

Mas, passado pouco tempo, saber quem
era já não lhe chegava. A pequena Alma
sentia-se agitada por dentro, e agora queria
ser quem era. Então foi ter com Deus (o que
não é má idéia para qualquer alma que queira
ser Quem Realmente É) e disse:

— Olá Deus! Agora que sei Quem
Sou, posso sê-lo?

E Deus disse:
— Quer dizer que queres ser Quem já És?


— Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e
outra coisa é sê-lo mesmo. Quero sentir como
é ser a Luz! — respondeu a pequena Alma.

— Mas tu já és Luz — repetiu Deus,
sorrindo outra vez.

— Sim, mas quero senti-lo! — gritou a
Pequena Alma.

— Bem, acho que já era de esperar. Tu
sempre foste aventureira — disse Deus com
uma risada. Depois a sua expressão mudou.
— Há só uma coisa...

- O quê? — perguntou a Pequena Alma.

— Bem, não há nada para além da Luz.
Porque eu não criei nada para além daquilo
que tu és; por isso, não vai ser fácil
experimentares-te como Quem És, porque não
há nada que tu não sejas.

— Hã? — disse a Pequena Alma, que já
estava um pouco confusa.

— Pensa assim: tu és como uma vela ao
Sol. Estás lá sem dúvida. Tu e mais milhões,
ziliões de outras velas que constituem o Sol. E
o Sol não seria o Sol sem vocês. “Não seria um
sol sem uma das suas velas... e isso não seria
de todo o Sol, pois não brilharia tanto. E no
entanto, como podes conhecer-te como a Luz
quando estás no meio da Luz — eis a
questão”.

— Bem, tu és Deus. Pensa em alguma
coisa! — disse a Pequena Alma mais
animada.

Deus sorriu novamente.
— Já pensei. Já que não podes ver-te como
a Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te
de escuridão — disse Deus.

— O que é a escuridão? perguntou a
Pequena Alma.

— É aquilo que tu não és — replicou Deus.

— Eu vou ter medo do escuro? —
choramingou a Pequena Alma.

— Só se o escolheres. Na verdade não há
nada de que devas ter medo, a não ser que
assim o decidas. Porque estamos a inventar
tudo. Estamos a fingir.

— Ah! — disse a Pequena Alma, sentindo-se
logo melhor.

Depois Deus explicou que, para se
experimentar o que quer que seja, tem de
aparecer exatamente o oposto.

— É uma grande dádiva, porque sem ela
não poderíamos saber como nada é — disse
Deus — Não poderíamos conhecer o Quente
sem o Frio, o Alto sem o Baixo, o Rápido sem
o Lento. Não poderíamos conhecer a
Esquerda sem a Direita, o Aqui sem o Ali, o
Agora sem o Depois. E por isso, — continuou
Deus — quando estiveres rodeada de
escuridão, não levantes o punho nem a voz
para amaldiçoar a escuridão.
“Sê antes uma Luz na escuridão, e não
fiques furiosa com ela. Então saberás Quem
Realmente És, e os outros também o saberão.
Deixa que a tua Luz brilhe tanto que todos
saibam como és especial!”

— Então posso deixar que os outros vejam
que sou especial? — perguntou a Pequena
Alma.

— Claro! — Deus riu-se. — Claro que
podes! Mas lembra-te de que “especial” não
quer dizer “melhor”! Todos são especiais, cada
qual à sua maneira! Só que muitos
esqueceram-se disso. Esses apenas vão ver
que podem ser especiais quando tu vires que
podes ser especial!

— Uau — disse a Pequena Alma,
dançando e saltando e rindo e pulando. —
Posso ser tão especial quanto quiser!

— Sim, e podes começar agora mesmo —
disse Deus, também dançando e saltando e
rindo e pulando juntamente com a Pequena
Alma — Que parte de especial é que queres
ser?

— Que parte de especial? — repetiu a
Pequena Alma. — Não estou a perceber.

— Bem, — explicou Deus — ser a Luz é
ser especial, e ser especial tem muitas partes.
É especial ser bondoso. É especial ser
delicado. É especial ser criativo. É especial ser
paciente. Conheces alguma outra maneira de
ser especial?

A Pequena Alma ficou em silêncio por um
momento.
— Conheço imensas maneiras de ser
especial! — exclamou a Pequena Alma — É
especial ser prestável. É especial ser
generoso. É especial ser simpático. É especial
ser atencioso com os outros.

— Sim! — concordou Deus — E tu podes
ser todas essas coisas, ou qualquer parte de
especial que queiras ser, em qualquer
momento. É isso que significa ser a Luz.

— Eu sei o que quero ser, eu sei o que
quero ser! — proclamou a Pequena Alma com
grande entusiasmo. — Quero ser a parte de
especial chamada “perdão”. Não é ser especial
alguém que perdoa?

— Ah, sim, isso é muito especial,
assegurou Deus à Pequena Alma.

— Está bem. É isso que eu quero ser.
Quero ser alguém que perdoa. Quero
experimentar-me assim — disse a Pequena
Alma.

— Bom, mas há uma coisa que devias
saber — disse Deus.

A Pequena Alma já começava a ficar um
bocadinho impaciente. Parecia haver sempre
alguma complicação.

— O que é? — suspirou a Pequena Alma.

— Não há ninguém a quem perdoar.

— Ninguém? A Pequena Alma nem queria
acreditar no que tinha ouvido.

— Ninguém! — repetiu Deus. Tudo o que
Eu fiz é perfeito. Não há uma única alma em
toda a Criação menos perfeita do que tu. Olha
à tua volta.

Foi então que a Pequena Alma reparou na
multidão que se tinha aproximado. Outras
almas tinham vindo de todos os lados — de
todo o Reino — porque tinham ouvido dizer
que a Pequena Alma estava a ter uma
conversa extraordinária com Deus, e todas
queriam ouvir o que eles estavam a dizer.
Olhando para todas as outras almas ali
reunidas, a Pequena Alma teve de concordar.
Nenhuma parecia menos maravilhosa, ou
menos perfeita do que ela. Eram de tal forma
maravilhosas, e a sua Luz brilhava tanto,
que a Pequena Alma mal podia olhar para
elas.

— Então, perdoar quem? — perguntou
Deus.

— Bem, isto não vai ter piada nenhuma!
— resmungou a Pequena Alma — Eu queria
experimentar-me como Aquela que Perdoa.
Queria saber como é ser essa parte de
especial.
E a Pequena Alma aprendeu o que é
sentir-se triste.

Mas, nesse instante, uma Alma Amiga
destacou-se da multidão e disse:
— Não te preocupes, Pequena Alma, eu
vou ajudar-te — disse a Alma Amiga.

— Vais? — a Pequena Alma animou-se. —
Mas o que é que tu podes fazer?

— Ora, posso dar-te alguém a quem
perdoares!

— Podes?

— Claro! — disse a Alma Amiga
alegremente. — Posso entrar na tua próxima
vida física e fazer qualquer coisa para tu
perdoares.

— Mas porquê? Porque é que farias isso?
— perguntou a Pequena Alma. — Tu, que és
um ser tão absolutamente perfeito! Tu, que
vibras a uma velocidade tão rápida a ponto de
criar uma Luz de tal forma brilhante que mal
posso olhar para ti! O que é que te levaria a
abrandar a tua vibração para uma velocidade
tal que tornasse a tua Luz brilhante numa luz
escura e baça? O que é que te levaria a ti, que
danças sobre as estrelas e te moves pelo Reino
à velocidade do pensamento, a entrar na
minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto
de fazeres algo de mal?

— É simples — disse a Alma Amiga. —
Faço-o porque te amo.

A Pequena Alma pareceu surpreendida
com a resposta.


— Não fiques tão espantada — disse a
Alma Amiga — tu fizeste o mesmo por mim.
Não te lembras? Ah, nós já dançamos juntas,
tu e eu, muitas vezes. Dançamos ao longo das
eternidades e através de todas as épocas.
Brincamos juntas através de todo o tempo e
em muitos sítios. Só que tu não te lembras. Já
fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo,
a Esquerda e a Direita. Fomos o Aqui e o Ali,
o Agora e o Depois. Fomos o Masculino e o
Feminino, o Bom e o Mau — fomos ambas a
vítima e o vilão. Encontramo-nos muitas
vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a
oportunidade exata e perfeita para Expressar
e Experimentar Quem Realmente Somos.

— E assim, — a Alma Amiga explicou
mais um bocadinho — eu vou entrar na tua
próxima vida física e ser a “má” desta vez.
Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu
podes experimentar-te como Aquela Que
Perdoa.

— Mas o que é que vais fazer que seja
assim tão terrível? — perguntou a Pequena
Alma, um pouco nervosa.

— Oh, havemos de pensar nalguma coisa
— respondeu a Alma Amiga, piscando o olho.
Então a Alma Amiga pareceu ficar séria,
disse numa voz mais calma:
— Mas tens razão acerca de uma coisa,
sabes?

— Sobre o quê? — perguntou a Pequena
Alma.

— Eu vou ter de abrandar a minha
vibração e tornar-me muito pesada para fazer
esta coisa não muito boa. Vou ter de fingir ser
uma coisa muito diferente de mim. E por isso,
só te peço um favor

em troca.

— Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres!
— exclamou a Pequena Alma, e começou a
dançar e a cantar: — Eu vou poder perdoar,
eu vou poder perdoar!
Então a Pequena Alma viu que a Alma
Amiga estava muito quieta.

— O que é? — perguntou a Pequena Alma.
— O que é que eu posso fazer por ti? És um
anjo por estares disposta a fazer isto por mim!

— Claro que esta Alma Amiga é um anjo!
— interrompeu Deus, — são todas! Lembra-te
sempre: Não te enviei senão anjos.
E então a Pequena Alma quis mais do que
nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga.

— O que é que posso fazer por ti? —
perguntou novamente a Pequena Alma.

— No momento em que eu te atacar e
atingir, — respondeu a Alma Amiga — no
momento em que eu te fizer a pior coisa que
possas imaginar, nesse preciso momento...

— Sim? — interrompeu a Pequena Alma
— Sim?

A Alma Amiga ficou ainda mais quieta.
— Lembra-te de Quem Realmente Sou.

— Oh, não me hei-de esquecer! — gritou a
Pequena Alma — Prometo! Lembrar-me-ei
sempre de ti tal como te vejo aqui e agora.

— Que bom, — disse a Alma Amiga —
porque, sabes, eu vou estar a fingir tanto, que
eu própria me vou esquecer. E se tu não te
lembrares de mim tal como eu sou realmente,
eu posso também não me lembrar durante
muito tempo. E se eu me esquecer de Quem
Sou, tu podes esquecer-te de Quem És, e
ficaremos as duas perdidas. Então, vamos
precisar que venha outra alma para nos
lembrar às duas Quem Somos.

— Não vamos, não! — prometeu outra vez
a Pequena Alma. — Eu vou lembrar-me de ti!
E vou agradecer-te por esta dádiva — a
oportunidade que me dás de me experimentar
como Quem Eu Sou.

E assim o acordo foi feito. E a Pequena
Alma avançou para uma nova vida,
entusiasmada por ser a Luz, que era muito
especial, e entusiasmada por ser aquela parte
especial a que se chama Perdão.
E a Pequena Alma esperou ansiosamente
pela oportunidade de se experimentar como
Perdão, e por agradecer a qualquer outra
alma que o tornasse possível.
E, em todos os momentos dessa nova vida,
sempre que uma nova alma aparecia em cena,
quer essa nova alma trouxesse alegria ou
tristeza — principalmente se trouxesse tristeza
— a Pequena Alma pensava no que Deus lhe
tinha dito.
Lembra-te sempre,
— Deus aqui tinha sorrido —
não te enviei senão anjos.


Neale Donald Walsch

segunda-feira, 21 de junho de 2010

INTROSPECTIVO


Eu não sou a poesia
Nem mesmo o alvo da poetisa
Eu não sou a Persona
Mas as vezes...
Na mais pura verdade
Quase sempre me sinto
*Sofrendo a angustia das pequenas coisas ridículas *


Dai-me coragem e força
Que eu encontre na verdade
Na verdade do que sou e fui feito
Do principio do verbo da essência da luz


Perdoá a mim
Perdoá meu inimigo
Deste tamanho castigo
Que é ser e não saber
É querer ter e nem saber para que


ANDERSONSC



Frase:
*Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas *


Poema em linha reta

Fernando Pessoa
(Álvaro de Campos)






quarta-feira, 16 de junho de 2010

QUANDO PERGUNTAM DE VOCÊ PARA MIM





Pétalas do bem me quer pétalas do mau me quer
Caidas por solo junto as lágrimas de seu olhar
Sol nascente que reluz e nos mostra novos caminhos
Caminhos que não desejávamos
Pelo menos... não separados

Sempre achávamos que sua força era minha
E também que minha luta era por você
Não sabemos onde erramos ou errávamos
E nem por que parler français amour

Seu coração empedrou-se
Lapidei e tentei joia para anel
Não adiantou
Lamentei e chorei
Você por sua vez tambem chorou

Chances desperdiçadas
Talvez mau aproveitadas
Pode chamar do que for
No final deu em nada
Deu em nada nosso amor

Leite derramado
Copos de leite também é flor
Na mesa de centro um Boquet
Foi assim que voce deixou

Vazio, escuro, triste, cômodos
Mas apenas isto não exprime minha solidão
Paredes desbotadas moveis empoeirados
No porta retratos nossa antiga foto preta e branco amarelou

Estranho hoje em dia conversar com amigos
Sejam eles meus, seus ou nossos
Eles fazem pergunta como se o verbo ainda estivesse no presente
Eu não sei como me desvencilhar delas
E creio que o mesmo ocorra com você


E as vezes tenho o pressentimento que a dor fortalece
Mas você sabe, sempre fui péssimo em pressentimentos
A dor apenas faz doer e corroer todos meus talvez bons momentos
Só me resta lembrar que se hoje sinto dor e porque bons foram os momentos
Mas também não quero me lembrar deste bons momentos
Pois são eles que me trazem dor


Eu sei, você me pediu para ser forte e ir além
Já fui e já voltei
E me deparei com a realidade
De nunca mais ter outro alguém.


ANDERSONSC




domingo, 13 de junho de 2010

ENTORPECIDO





Meu cigarro ilumina minha estrada
Caminho com os pés descalços
Sobre rosas e espinhos
Enquanto corpos flutuam nas aguas do mar morto



Abro as portas trabalhadas do destino
Penso em coisas que não sinto
Aperto de mão dados por amigos
É o destino, é o destino meu amigo



Em um teste psicotécnico
Encaixo triângulos quadrados e hexágonos
Brinco com meu cordão umbilical
Diluído em mercúrio cromo


Ataduras escondem meus sofrimentos
Me intoxico com meu próprio vomito
Vendo um certo encantador de serpente
Envolta de meu próprio leito

ANDERSONSC

quinta-feira, 3 de junho de 2010

GOL NUMERO 1907







Não é mais um gol Brasileiro
Tão menos motivo para orgulho nacional
As dezesseis e cinqüenta e seis um choque fatal
Cento e cinqüenta e quatro vidas próximas do final




No Legacy se ouve:
Que diabos foi isso????

No Gol em desespero é dito:
Ai meu Deus do ceu, ai meus Deus!
Mayday mayday mayday




Transponder desligados Tcas também
Trinta e sete mil pés é terra de ninguém
Vinte e nove de setembro nunca mais será o mesmo
Enquanto não houver transparecia e dela uma conseqüência



Depois de algum tempo cinco pessoas estão felizes
Pousaram sãos e salvos na base da serra do cachimbo
Que não seja desrespeito!
Mas sabemos quem é que no fim ficou com a "parte" do "fumo"




A Aeronáutica sabe de quem foi a culpa
O governo Brasileiro sabe de quem é a culpa
A consciência do piloto e co-piloto sabem de quem é a culpa
A culpa é de quem ?
A culpa é de quem ?




Mas eles recebem aplauso a serem recebidos em solo Americano
Porque Americanos mesmos errados estão certos
E para honrosos heróis só faltou-lhes as medalhas
no peito




Vamos coroar a impunidade
E nossa lei Brasileira que adora
Prender ladrões de galinhas




Se o acidente fosse em Área estrangeira
E o piloto brasileiro
Sua cabeça decapitada estaria ao lado da guilhotina




Não é querer justiça com as próprias mão
Não é querer conflito internacional
É apenas questão de bom senso
Onde se sabe a verdade e se cumpre a lei

Pois nestes princípios de impunidades
Ninguém pode, nem merece ser coroado rei
Mas infelizmente daqui a algum tempo
Tudo isto será apenas mais um dos tantos
Bateau Mouche

ANDERSONSC